Páscoa é Tempo de Coelhos

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Estamos num mundo doido e incompreensível e eu acredito que a literatura deve, cada vez mais, funcionar como um abrigo, especialmente para as crianças que são quem sofre a maior injecção de violência gratuita de sempre.

Os livros devem ser um escape, um porto seguro, ao mesmo tempo que uma ferramenta educativa poderosa que ajude na formação de valores tão importantes como a tolerância, o amor ao próximo e o respeito. Nesse sentido os livros devem ser uma arma que defenda as crianças, que não se podem defender sozinhas, da arbitrariedade da agressão dos dias que correm.

Isto dito, que soa a desabafo, bem sei, para mim a Páscoa sempre foi tempo de coelhos. Animais lindos, carinhosos, inocentes, felpudos. Um animal que toda a criança aprende a desenhar e a reconhecer desde o primeiro gatinhar, um dos preferidos como brinquedo infantil, com as suas longas orelhas, e um dos mais caricaturados: Bugs Bunny da Warner, Roger Rabbit do filme, o White Rabbit do País das Maravilhas, o Thumper do Bambi...tantos quantos a imaginação conseguiu criar.

Um dos coelhos que me acompanhou a infância e certamente me protegeu a imaginação e acarinhou a alma foi o Peter Rabbit, um coelhinho adorável, curioso, que representa a criança e o espírito jovem em todos nós. Este pequenino amigo ganhou vida nas mãos de Beatrix Potter e encheu as prateleiras da infância de muitos portugueses com o nome de Pedrito Coelho .

Não há como não amar esta personagem, as suas cores, as suas aventuras, a sua esperança...e a sensação com que ficamos no final das suas curtas epopeias de que tudo vai ficar sempre bem neste Mundo, não importa quantos desafios tenhamos de ultrapassar, desde continuemos a alimentar o que temos de melhor em nós e a amar todos, porque todos são merecedores de amor.

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