Canções-poema #1: Morte ao Sol - GNR

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músicas que têm letras tão belas como verdadeiros poemas, que poderiam viver separadas das músicas que as acompanham. São letras exemplares na sua forma, na mensagem, na estrutura, na profundidade, ou seja o que for que nos toque especialmente. E para celebrar essas letras, iniciamos aqui a rúbrica "canções-poema" onde vos vamos deixar algumas que nos tocam de uma forma ou de outra.

Hoje a sugestão vai para o tema "Morte ao Sol" dos portugueses GNR. Faz parte do álbum "Valsa dos Detectives", e foi lançado corria o ano de 1989. Engraçado como ouço esta música desde antes de ir para a escola (o meu pai é mega fã) e nunca me fartei. Uma das razões tem de ser esta letra de uma melancolia negra que caminha para a escuridão. Deixo-vos um pedaço:

"Felizmente que a noite sai, ainda bem que há névoa por aí.
Estou contente se a luz se esvai e uma sombra invade este lugar.

Se o amanhã perdido for, metamorfose de horror.

As trevas não vão demorar, estou contente se a luz se esvai.
Se o céu se fecha sobre nós, desprende-se-me uma voz rouca.

Se o amanhã perdido for, overdose de pavor.

Directa sim, eu declaro morte ao Sol.
Directa não, e a quem o apoiar. 
Aí vêm a luz..."


2 comentários:

  1. Tive este concerto gravado em cassete e ouvi-o anos a fio, até que todos os aparelhos lá de casa caíram de velhos. Todo o concerto é fantástico (não me canso também da versão das "Dunas"), com uma participação de público excepcional! A "Morte ao Sol" é dolorosamente bela!

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    1. Que preciosidade essa cassete Paula :) Esta música, para além da letra e acompanhada com aquela "gaita" é qualquer coisa de maravilhosa.

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